A animação cristã “O Rei dos Reis”, inspirada na vida de Jesus Cristo, estreou nos cinemas durante a Páscoa e rapidamente se tornou um fenômeno de bilheteria nos Estados Unidos. Com uma arrecadação de US$ 19,4 milhões no primeiro fim de semana, o filme superou o recorde anterior de abertura para animações religiosas que era “O Príncipe do Egito” (1998), com total de US$ 14,5 milhões em sua estreia. Até o momento, “O Rei dos Reis” acumulou US$ 55,5 milhões nos EUA, tornando-se o filme sul-coreano de maior bilheteria na história do país, ultrapassando, inclusive, “Parasita”.
A produção também recebeu nota A do público na plataforma CinemaScore, com 94% de aprovação no Screen Engine/Comscore PostTrak e 83% de recomendação entre o público regular. Resultados excelentes.
No Brasil, o filme também teve uma recepção calorosa. Em sua primeira semana em cartaz, atraiu mais de 250 mil espectadores, consolidando-se como um dos maiores sucessos do cinema cristão no país em 2025.
Dirigida por Seong-ho Jang e produzida pela Angel Studios, a mesma responsável pela série “The Chosen”, a animação apresenta uma narrativa envolvente que combina elementos históricos e fictícios para transmitir mensagens de esperança e redenção. A trama acompanha o renomado escritor Charles Dickens em sua tentativa de se conectar com seu filho de cinco anos, Walter. Para isso, Dickens compartilha a história de Jesus Cristo, levando Walter a uma jornada imaginativa que percorre desde o nascimento até a ressurreição de Jesus. A narrativa busca apresentar os ensinamentos e milagres de Cristo sob a perspectiva de uma criança, ressaltando temas universais de amor, sacrifício e triunfo espiritual.
Quem foi Charles Dickens?
Charles Dickens (1812-1870) foi um dos maiores escritores da literatura inglesa, conhecido por suas obras que criticavam as desigualdades sociais da era vitoriana. Entre seus livros mais famosos estão Oliver Twist, Um Conto de Natal, David Copperfield e Grandes Esperanças. Sua escrita combinava realismo, crítica social e personagens memoráveis, tornando-o um dos autores mais influentes do século XIX.
Dickens era um cristão devoto e enxergava Jesus Cristo como um exemplo supremo de bondade, justiça e amor ao próximo. Em 1849, ele escreveu um livro pouco conhecido chamado The Life of Our Lord (A Vida de Nosso Senhor), uma biografia de Jesus voltada para seus filhos. O livro não foi publicado durante sua vida, pois ele o considerava uma leitura íntima para sua família, mas acabou sendo lançado postumamente em 1934.
Na obra, Dickens apresenta a história de Jesus de forma simples e acessível, destacando sua compaixão pelos pobres e necessitados. Essa visão reflete os temas recorrentes em seus romances, nos quais ele denunciava a exploração dos mais fracos e defendia a empatia e a caridade, valores também centrais no cristianismo.
Animação com vozes de atores renomados
Na versão original, a animação tem a dublagem de atores e atrizes famosos. Jesus ganhou a voz de Oscar Issac, que já atuou em filmes do Universo Marvel, Duna e Star Wars. O ator Kenneth Branagh, que atuou em Harry Potter, dá voz a Charles Dickens. A esposa do escritor, Catherine Dickens, é interpretada por Uma Thurman, de Kill Bill.
2 Comentários
8wxub8
7zyze4